vontade de Deus
a vontade de Deus é perfeita.
VOCÊ É INCRÍVEL; OU DEUS ESTÁ ERRADO?
EU QUERIA
O novo esperar que nunca chega...
O caminho que eu ando e um caminho estreito, um caminho
estreito que conduz a um lugar amplo. Contemplo a mim mesmo diante dos meus
olhos e vejo a minha indignidade. Sei que não sou digno. Só que nessa
indignidade ele me acolhe. Sendo acolhido indigno, nada melhora. Não sou mais
um indigno desprezado, miserável as margens do caminho. Sou um indigno
acolhido, sou um indigno no caminho. Todas aquelas falas da parábola do filho
prodigo se cumprem na minha vida. E anel no dedo, roupa festiva, bezerro cevado
no espeto, musica da hora, festa e alegria, beijo e abraços do pai. Mas eu olho
pra ele e resplandeço em gloria. Olho pra mim e me assusta a miséria a
indignidade. De modo que não há em mim forças triunfalistas, porque não há em
mim virtude alguma. Não tenho forças para criticar outros que pecam igual ou
diferente de mim, sou indigno. Não posso julgar, condenar, contestar. Posso
apenas dizer; sou indigno. E sendo indigno fui acolhido pela vontade dele, pela
bondade dele, pelo amor dele, pela misericórdia dele. Ele me perdoa. Me
entende. Me conduz. Eu sou apenas um indigno que festeja. Festeja na festa dos
laureados, dos vencedores, dos dignos. Mesmo não sendo um dos laureados, dos
vencedores, dos dignos. Eu estou na festa. Pela dignidade dele. E pela vitória
dele. Pelo sacrifício e triunfo dele.
De modo que, com ele e nele caminho cada dia. Não e um
caminho pré-determinado; e um caminho que ele traça no dia a dia.
Não tenho pressa, nem desespero. Sou um corredor que já
chegou na linha de chegada. Sou um jogador que já conquistou o troféu. Sou um
soldado que já venceu a guerra. Porque ele fez isso tudo em mim, e por mim.
Vivo um aprendizado permanente. Infelizmente sou um péssimo
discípulo. Depois que ele me recebeu, me acolheu, me lavou-me, vestiu com
vestes festivas, me inseriu na festa não como convidado, não como um mero
espectador, não como coadjuvante, sim como estrela da festa, alvo principal de
honra e alegria. Mesmo eu sendo indigno. Tenho surtos diários.
Sim tenho surtos diários. Surto porque sou indigno. Minha
mente carnal, pecadora e indigna, não aceita tantos privilégios. Olho pra mim e
grito abominável! Olho pra ele e vejo gloria, santidade e amor.
Todos os dias sou tentado a lutar por me tornar digno. Todos
os dias quero ser melhor, todos os dias quero assumir o controle do meu próprio
caminho para a elevação. E todos os dias fracasso.
Fracassos. Esses são os itens mais espetaculares da minha
coleção. Você pode ver, analisar, estudar e fotografar fracassos de todos os
tipos, formas, tamanhos e cores no museu de minha existência.
Porque tanto fracasso? Porque e isso que sou: um pecador, fracassado
indigno.
Quando no limiar da morte, da depressão, do desanimo eterno;
ele sempre surge. Ele surge e me abraça; me lava, me purifica, tira meus trapos
do fracasso, me veste com vestes festivas, tira-me as alfarrobas da capanga,
cura meus pés feridos, tira do meu rosto as marcas do fracasso, e me introduz
na sala do banquete. Eu não entendo a atitude dele. Eu não entendo o brilho no
olho dele, como se eu, indigno, fosse digno do seu amor e de seu orgulho.
Quando minha alma entender esse amor, quando eu entender
essa graça, sei que poderei descansar. Não na indignidade. SIM NO SEU GRANDE E
INEXPLICAVEL AMOR.
A CRUZ É SOBRE DEUS, NUNCA FOI SOBRE O HOMEM!